Sukôt (Tabernáculos)

Sucôt (Tabernáculos ou Festa das Cabanas) é parte do ciclo de festividades do mês judaico de Tishrêi (o sétimo mês bíblico) que começa com o Iom Teruá, mais conhecido como Rosh haShaná (o ano novo civil judaico). Sucot é também conhecida com a festa da colheita (Deuteronômio 16:13). “Levítico 23:34 - Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo será a festa dos tabernáculos ao SENHOR por sete dias. Levítico 23:41-43 - E celebrareis esta festa ao SENHOR por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas. Para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o SENHOR vosso Deus”. A razão básica para a festa dos Tabernáculos é a de reviver o mesmo tipo de moradia passageira em que viveram os hebreus enquanto vagaram no deserto durante 40 anos. Desde sua origem os filhos de Israel foram forçados a mudar constantemente de um lugar para outro, de um país para outro, de diáspora em diáspora. Ao deixar a casa e transferir-se para uma sucá, uma pessoa pode vir a entender o que sente um pobre quando vive em tal situação, exposta aos perigos naturais e pode apreciar ainda mais as bênçãos de Deus, que nos permitiu ter uma casa segura. As leis das sucá dão-nos algumas lições de vida: Para cumprir o mandamento da sucá, deve-se habitar debaixo da sombra provida pela sua cobertura; esta sombra representa a proteção Divina que todas as pessoas, das mais bem-sucedidas às mais humildes, necessitam e almejam. Por representar a Proteção Divina, a cobertura não pode ser feito de material industrializado pelo ser humano. Ao cobrirmos a Sucá com o vegetal tal qual é encontrado na natureza, a nossa intenção é demonstrar que somos todos parecidos e todos necessitamos da proteção do Criador. A tradição judaica estabelece que uma sucá que foi construída no ano anterior perde sua validade se não for, de alguma forma, alterada. “Taassé veló min Heassui” quer dizer, em hebraico "faça e não repita o mandamento que já está cumprido". O ensinamento de "Taassé veló min Heassui” é claro, categórico e universal: faça você mesmo as coisas e não espere que os outros as façam por você! Não fique de lado olhando e criticando! Arregace as mangas e coloque a “mão na massa”! A Torá exige que a Sucá seja construída como uma moradia provisória; caso contrário, é inválida para o cumprimento do mandamento. Por que a sucá deve ser uma cabana provisória e não uma bela casa? Para nos lembrar que a vida é passageira. Ao se referir à vida do ser humano, o Salmista declara: Os meus dias são como a sombra que declina, e como a erva me vou secando (Salmos 102:11). As quatro espécies de plantas: O preceito básico e fundamental para a festa de Sucot é a construção da sucá (cabana), que serve para lembrar-se do modo como viviam os antepassados dos israelitas no deserto. Neemias 8:14-15 - E acharam escrito na lei que o SENHOR ordenara, pelo ministério de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, na solenidade da festa, no sétimo mês. Assim publicaram, e fizeram passar pregão por todas as suas cidades, e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte, e trazei ramos de oliveiras, e ramos de zambujeiros, e ramos de murtas, e ramos de palmeiras, e ramos de árvores espessas, para fazer cabanas, como está escrito. As quatro espécies de plantas: Lulav (tamareira). Hadás (murta). Aravá (salgueiro). Etrog (cidra). Constam no mandamento da festa, e de acordo com o que vemos escrito também no livro de Neemias, serviam para cobrir a sucá, porém, os sábios judeus vieram a identificar e acrescentar outros significados, associando-os aos diferentes tipos de personalidades humanas que compõem uma comunidade. Daí surgiu o “Netilat Lulav”, um feixe formado com as quatro espécies que, segundo a Halachá, devem-se segurar juntas, e recitar a Berachá (bênção), o que vem a expressar a necessidade de união e solidariedade entre as diferentes pessoas indistintamente. Mas, biblicamente falando, o ponto indispensável para o cumprimento do mandamento é a habitação na sucá (cabana). Festa da Água: Em alguns lugares, inclusive Israel, celebra-se nas noites dos dias intermediários de Sucot a "Festa da Água" (Simchat Bêt hashoevá), que é uma festa popular de grande alegria. Remonta aos tempos do Segundo Templo, quando havia a participação de grandes massas do povo, que enchia Jerusalém nas grandes festa de peregrinação. Este nome ("shoevá" quer dizer tirar água da fonte) deve-se á cerimônia em que se tirava muita água, a qual era jogada no altar. Centenas de candelabros que ardiam no Monte do Templo iluminavam a cidade de Jerusalém. Os músicos e coros dos Levitas, postados nos quinze degraus do Santuário, reforçados por milhares de vozes do povo, tocavam e cantavam os louvores de D'us, enquanto os sábios e líderes do povo dançavam, com grande júbilo. Um aspecto particular de Shemini Atzeret é a oração por chuva. Nas orações se introduz a frase, que será recitada até Pessah: “meshiv ha-rua’h u morid ha-gueshem” (o que faz com que o vento sopre e a chuva caia). Essa frase expressa à ansiedade que se sente em Israel durante a estação das chuvas, já que a ausência delas significa fome, sede e enfermidade. Esta oração é deixada para o último dia da festa, porque, se o SENHOR mandar chuva após a oração ela não impedirá o povo de desfrutar dos sete dias de habitação na Sucá. Assim entendemos melhor a seguinte narrativa a respeito do Messias Yeshua: João 7:37-39 - E no último dia, o grande dia da festa, Yeshua pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse Ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Yeshua não ter sido glorificado. Provavelmente a festa de Sucôt terá seu ápice quando, no grande Yom Teruá (festa das Trombetas), os anjos de Yeshua convocar os escolhidos dos quatro cantos da terra (Mateus 24:31), e as pessoas que não O reconheceram como Messias verdadeiro renderem-se a Ele, suplicando perdão, no grande Yom Kipur: Zacarias 12:10-11. E, após esse reconhecimento e arrependimento, haverá então, perdão e conseqüente purificação:“Zacarias 13:1 - Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, para purificação do pecado e da imundícia”. “Zacarias 14:16 - E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos”. Sucot é também conhecida como a “festa da colheita”, provavelmente simbolizando, também, a colheita desta grande seara. Despede-se desta temporada festiva com a celebração do 8º dia de Sucôt, dia de santa convocação (Nm. 29:35), Shemini Atzeret e Sim’hat Torá. Sim’hat Torá assinala a ocasião em que a leitura da Torá é completada e reiniciada. É um momento oportuno para se alegrar; por isto é chamado Sim’hat Torá (alegria da Torá).

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