A Kipá

O significado da palavra kipá é "arco", que fica compreensível quando pensamos em seu formato. A kipá é um lembrete constante da presença de D'us. Relembra o homem de que existe alguém acima dele, de que há Alguém Maior que o está acompanhando em todos os lugares e está sempre o protegendo, como o arco, e o guiando. Onde quer que vá, o judeu estará sempre acompanhado de D'us. Nossos sábios afirmam que cobrir a cabeça também está associado à humildade, pois nos lembra que existe algo acima de nossa cabeça (nosso intelecto): D'us. A kipá deve estar sempre sobre a cabeça, lembrando que há alguém acima de nós observando todos nossos atos. Isso faz com que reflitamos mais sobre nosso comportamento e nossas ações. O Talmud, no tratado de Shabat, traz a passagem, "Hicon licrat Elokecha Yisrael", "Prepare-te diante de seu D'us, Israel". Baseado nesse versículo, nossos Sábios costumavam preparar-se no momento da prece demonstrando que estavam prestes a ter um encontro com o Rei dos Reis. O Talmud também ilustra este assunto trazendo a história de um menino que era cleptomaníaco. Porém pelo mérito de manter a cabeça sempre coberta e por ser muito zeloso seu mau instinto não conseguia se impor. Entretanto, quando, certa vez, o vento arrancou seu solidéu, imediatamente tornou-se vítima de sua cleptomania. Isto pode ser aplicado em dois sentidos. Tanto numa situação em que o homem está prestes a fazer algo errado, a kipá está lá - mesmo que no fundo de sua consciência - lembrando que irá ter de prestar contas pelo seu ato. O mesmo ocorre numa situação em que a pessoa está em apuros: a kipá lhe relembra que Alguém está com ele, por mais perdido que se sinta. • É costume judaico desde os primórdios um homem manter sua cabeça coberta o tempo todo, demonstrando com isso humildade perante D'us. • É expressamente proibido entrar numa sinagoga, mencionar o nome Divino, recitar uma prece ou bênção, estudar Torá ou realizar qualquer ato religioso de cabeça descoberta.

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