No princípio do capítulo está dito assim: “Falou mais o IHVH a Moshe no monte Sinai, dizendo: fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a terra descansará um sábado ao IHVH” (Lv 25:1-2). Aqui a palavra Senhor em hebraico é o tetragrama (IHVH) e isso significa que o Eterno se apresenta como aquele que se torna aquilo que seus filhos

No princípio do capítulo está dito assim: “Falou mais o IHVH a Moshe no monte Sinai, dizendo: fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a terra descansará um sábado ao IHVH” (Lv 25:1-2). Aqui a palavra Senhor em hebraico é o tetragrama (IHVH) e isso significa que o Eterno se apresenta como aquele que se torna aquilo que seus filhos precisem que Ele se torne. Algo interessante é que o Eterno não falou com Moshe em qualquer lugar, mas no monte. Aqui a palavra “monte” em hebraico é har e significa “colina, outeiro, região montanhosa, monte, montanha”. Na Síria e Palestina as montanhas eram adoradas e serviam de cultos pagãos. Veja que o Eterno se apresenta como IHVH e também numa montanha, mostrando aos seus filhos que ele é sempre a solução para qualquer que seja o problema apresentado mas é preciso que também os seus filhos entendam que Ele é o D-us das alturas e é justamente ali que Ele lhes dará a vitória! Enquanto os outros achavam que a montanha era um deus, para os israelitas D-us aparecia na montanha! Um outro aspecto é que o Eterno dá instruções para seus filhos para quando entrarem na terra. Lembremo-nos de que os israelitas estão no deserto caminhando rumo a Canaã! Eles ainda não herdaram nada e nada tem a não ser as promessas feitas pelo Senhor para eles! Quando o Eterno lhes fala sobre a terra, a palavra usada em hebraico é ´erets e significa “terra, cidade, estado; também mundo (inferior)”. O Senhor diz aos israelitas que quando eles a conquistarem devem dar a ela um sábado, pois Ele é IHVH! Devemos compreender a extensão desta declaração, pois quando fala sobre entrar na terra – através de conquistas – Ele fala também sobre dar à terra descanso! Mas, seria necessário fazer isso realmente? Sob o ponto de vista da terra enquanto supridora de víveres temos a resposta nas técnicas agrícolas que ensinam o plantio durante um certo tempo e o “descanso” da terra por um ano para que a mesma possa “revigorar-se” e novamente possa vir a produzir como antes! O princípio ensinado pelo Eterno para seu povoe hoje comprovado pelos agrônomos em todo o mundo! Conduzindo ainda mais nosso raciocínio percebemos que também as cidades (e também estados) precisam de um ano de “descanso” em todas as suas áreas. O árduo e contínuo trabalho no campo e na cidade trazem fadiga não somente aos seus moradores como também ao meio ambiente e também às estruturas que o compõem! É muito sábio percebermos que a conquista deve dar lugar ao descanso de tempos em tempos (sete em sete anos). Quando os princípios dados pelo Senhor são obedecidos temos então a recompensa: recebemos a plenitude de sua bênção sobre nós, sobre nossos negócios e também sobre nossa cidade! Estes princípios são bem simples e nos mostram como devemos tratar nossa “terra” (terra aqui é tudo aquilo que traz o sustento à família). Vejamos o exemplo dado pelo Senhor aqui: “Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a terra, um sábado ao IHVH; não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo da tua sega, não colherás, e as uvas da tua separação não vindimarás; ano de descanso será para a terra” (Lv 25:3-5). Através desta orientação certamente entenderemos melhor o por que nossas vidas não estão sendo tão “produtivas” como deveriam! O Eterno nos ensina a semearmos a terra por seis anos! A palavra “semear” em hebraico é zara´ e significa “espalhar semente, semear”. Isso equivale a dizer que durante seis anos – o tempo humano do trabalho – devemos então atuar e fazer todo o possível para que, através de nosso trabalho possamos trazer o sustento para as nossas famílias! Aqui a palavra “terra” em hebraico é sadeh e significa “campo, campina, chão, terras”. Este substantivo designa genericamente campo aberto ou então um pedaço de terra, ou seja, um lote. Perceba que aqui este termo é muito mais limitado do que o termo ´erets! Enquanto um designa uma grande porção de terra, este nos fala sobre um pedaço de terra que nos pertence e deve ser trabalhado com carinho! O texto nos fala sobre a poda da vinha, e isso indica que esta pessoa – apesar de seu pouco espaço – faz dele o seu “ganha-pão”. Ele investe naquilo que sabe lhe dará retorno para sustentar os seus familiares. Um outro detalhe é que a vinha representa o próprio D-us! Ieshua disse: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (Jo 15:1-2). O fato do israelita plantar uma vide em seu terreno certamente era algo que o instigava sobre a presença de Eterno e também sobre a alegria em serví-lo! A videira era também uma figura da nação de Israel! Ou seja, ao plantar a vide o judeu trazia em sua memória os vários aspectos proféticos que “pesavam” sobre esta árvore! Quando as orientações são seguidas o Eterno se torna aquilo que precisamos que Ele se torne para nós! Vejamos o que nos diz aqui o Senhor: “e as uvas da tua separação não vindimarás”. Dois termos aqui precisam ser considerados. O primeiro é a palavra “separação” que em hebraico é nazir e significa nazireu, “alguém separado, alguém consagrado, príncipe”. Esta palavra nos fala sobre uma pessoa que não se mistura e não profana os mandamentos do Eterno; inclusive lembramo-nos de um homem – Sansão – que nem cortava os cabelos em sinal de sua separação! Há aqui um paralelo com a vinha – que não deveria ser podada – para que fosse considerada como “separada” no sétimo ano. E o termo “vindimar” em hebraico é batsar e significa “reunir, restringir, tirar, cercar, fortificar”. Este termo vem da raiz batsir que significa “vindimar”. Três raízes são possíveis aqui com os seguintes sentidos: “reunir” “reduzir; humilhar” (Sl 76.12) “inacessível; impossível”. Aqui temos a dimensão daquilo que está sendo dito, pois o Eterno nos fala de algo que não deve ser feito na época da colheita! Aos judeus era ensinado que eles não deveriam “vindimar” a sua vinha! O termo vindimar significa que não se deveria colher tudo o que a vinha havia dado! Era necessário deixar algo para os pobres! Quando colhemos “tudo” nos esquecemos daqueles que são “menos favorecidos” e então não amamos ao nosso próximo! Esta instrução dada aqui pelo Eterno nos ensina que o amor ao próximo é expresso também em atitudes cotidianas e que trazem frutos permanentes para as vidas que deles necessitam! Nós não devemos “reunir” todos os nossos frutos a fim de “humilhar” quem vem à nossa vinha, tornando assim “inacessível” nosso produto (fruto) aos pobres. Ano de shemita e jubileu No sétimo ano de produção os israelitas deveriam comer daquilo que a vide lhes oferecesse, sem que houvesse necessidade de semeadura ou de qualquer trabalho que pudesse “auxiliar” a natureza no processo de produção! Agora temos outro aspecto interessante: o ano do jubileu! Esta festa está assim descrita: “Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do jubileu; no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra, e santificareis o ano qüinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família” (Lv 25:9-10). A primeira coisa que percebemos é que esta festa começa com o toque da trombeta! A palavra “trombeta” aqui é shofar e ela significa “chifre de carneiro, trombeta”. Este termo descreve não somente um instrumento, mas a voz do próprio D-us! Todas as vezes que soava o shofar, algo sobrenatural acontecia! E aqui não é diferente, pois ao toque do shofar – quando os israelitas ouvissem “a voz de D-us” – para eles estaria começando um ano especial, um período no qual grandes coisas haveriam de ocorrer e também milagres seriam presenciados pelos israelitas que fossem obedientes à voz do Eterno! Uma outra curiosidade é que o primeiro termo traduzido por “jubileu” em hebraico é teru´â e significa “alarme, sinal, som da trombeta”. Esta palavra nos demonstra que este toque em particular deve ser encarado como um alarme, um sinal. Este sinal determinaria que um ano novo – especial – estava nascendo! E o mais interessante é que este ano tem início no dia da expiação! Este termo em hebraico é “iom kippur”. Literalmente, a tradução seria “dia da cobertura”. Este dia é hoje conhecido em Israel como o “Dia do Perdão”! Isso nos mostra que todo o jubileu começa com perdão! Não há possibilidade de entrar-se no ano do jubileu sem antes perdoar e ser perdoado! Está escrito que este ano deveria ser santificado. A palavra “santificado” em hebraico é qadash e significa “ser consagrado, ser santo, ser santificado, consagrar, santificar, preparar, dedicar”. Há também uma particularidade na palavra “ano”, que em hebraico é shanâ e significa “ano”; também “mudar”. Percebemos que este tempo – ano – em especial deveria ser consagrado ao Eterno; nele deveria haver dedicação total por parte do homem em cumprir os desejos do Senhor. Este ano seria um ano de profundas “mudanças” em toda a vida dos israelenses! Neste ano deveria ser apregoada a liberdade aos israelitas. A palavra “liberdade” em hebraico é dirôr e significa “libertação, liberdade”. Há também em sua raiz os termos derôr, que significa “andorinha” e darôm que significa “sul”. Não nos parece interessante que no ano do jubileu – que começa com o perdão – seja um ano de dedicação ao Eterno e que justamente neste ano haja a libertação do povo para que, como as andorinhas, eles possam “voar” para onde desejarem? O ano do jubileu caracteriza-se por ser um tempo em que os israelitas tinham o direito de retornarem ao que lhes fora “tirado” e recuperarem aquilo que perderam durante os quarenta e nove anos anteriores! “Porque jubileu é, santo será para vós; a novidade do campo comereis. Neste ano do jubileu tornareis cada um à sua possessão” (Lv 25:12-13). Este “retorno” dos israelitas demonstra que jubileu é também um ano de restituição! A palavra “possessão” em hebraico é ahuzzâ e significa “possessão, propriedade”. Esta palavra indica que a restituição seria feita em nível material – ou seja, de bens e coisas que são “palpáveis” – pois certamente este era o padrão do Eterno a fim de que não houvessem grande “lacunas” sociais entre seu povo. É pela falta de cumprimento deste mandamento que hoje existem alguns homens muito ricos e muitos homens pobres! O jubileu funcionava como uma “balança” que regulava as relações sociais nesta área! Outra coisa interessante é que o Eterno relaciona a segurança dos moradores da terra com a obediência aos seus mandamentos! “E observareis os meus estatutos, e guardareis os meus juízos, e os cumprireis; assim habitareis seguros na terra. E a terra dará o seu fruto, e comereis a fartar, e nela habitareis seguros” (Lv 25:18-19). Às vezes nós não damos o verdadeiro valor à Palavra do Eterno e às suas promessas, por isso passamos por dificuldades extremas. Aqui temos um caso típico: a obediência à Torah traria segurança aos moradores da terra – isso significa a ausência de criminalidade em geral – quando há obediência aos estatutos, leis e mandamentos do Eterno! A desobediência traz trágicas conseqüências ao homem que, para reverter este processo precisa entrar num estado de obediência contínuo para “quebrar” as reações trazidas pelo inferno quando há violações na palavra do Senhor! Além da segurança há o aspecto da prosperidade que acompanha a obediência! O texto nos mostra que deveríamos “comer e fartar” do fruto da terra, que, enquanto somos obedientes, produziria de forma plena e abundante! Já quando entramos num estágio de desobediência, teremos então que “colher” os frutos desta atitude. Aí vem então a peste, a fome e conseqüentemente a necessidade! Parece algo estranho dizer que, quando obedecemos ao Eterno as coisas seriam diferentes, mas a Torah assim o afirma! O texto a seguir nos demonstra isso! “E se disserdes: Que comeremos no ano sétimo? eis que não havemos de semear nem fazer a nossa colheita; então eu mandarei a minha bênção sobre vós no sexto ano, para que dê fruto por três anos” (Lv 25:20-21). No ano do jubileu não era permitido plantar. Isso nos deixa um tanto preocupados, pois quando não há plantio, conseqüentemente não há colheita! Este seria o raciocínio lógico de um ser humano, mas com o Eterno é diferente! Ele nos afirma que quando obedecemos o próprio D-us providencia a sua bênção sobre nossas vidas! Está escrito que o Eterno “mandaria sua bênção”. A palavra “mandaria” em hebraico é tsawâ e significa “ordenar, incumbir”. Já a palavra “bênção” em hebraico é beraka e significa “dar poder à alguém para ser próspero, bem sucedido e fecundo”! Ou seja, quando obedecemos ao Eterno ele ordenaria na Eternidade que recebêssemos poder para sermos prósperos, bem sucedidos e fecundos em tudo o que fizéssemos! Esta seria a conseqüência da obediência! Não é maravilhoso saber que o próprio Criador fará isso por nós quando lhe obedecermos? Evitando a pobreza Há uma continuidade no que diz respeito às leis “sociais” e uma evidente preocupação do Eterno para com os pobres. “E, quando teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então sustentá-lo-ás, como estrangeiro e peregrino viverá contigo. Não tomarás dele juros, nem ganho; mas do teu Elohim terás temor, para que teu irmão viva contigo. Não lhe darás teu dinheiro com usura, nem darás do teu alimento por interesse. Eu sou o IHVH vosso Elohim, que vos tirei da terra do Egito, para vos dar a terra de Canaã, para ser vosso Elohim. Quando também teu irmão empobrecer, estando ele contigo, e vender-se a ti, não o farás servir como escravo. Como diarista, como peregrino estará contigo; até ao ano do jubileu te servirá” (Lv 25:35-40). Estas leis sociais são extremamente rigorosas e nos mostram o quanto o Eterno valoriza a prática do amor entre seu povo. O pobre deve ser “sustentado” pelos que tem mais condições. Desta pessoa é proibido a cobrança de juros! A palavra “juros” em hebraico é neshek e significa “juros, usura”. Temos outras palavras nesta raiz, a saber: nashak – picar nashak – emprestar a juros, emprestar com usura. Quando entendemos a plenitude desta palavra, então saberemos o que é “cobrar juros” de alguém! O ato de cobrar juros é como se alguém estivesse sendo “picado” por um inseto e sendo “comido” lentamente, parte por parte de sua vida! Quando ajudamos ao irmão não devem haver outros interesses por trás de nossas atitudes! Nossa ajuda deve ser dada com o coração e com temor, sabendo que, a qualquer momento nossa situação poderá mudar! A palavra “interesse” no verso 37 nos fala sobre isso. Esta palavra em hebraico é marbeh e significa “abundância, aumento”. Ou seja, quando emprestamos algo ou quando alimentamos alguém não devemos esperar que este ato produza aumento ou abundância em nossas vidas, mas devemos faze-lo destituídos de qualquer sentimento de recompensa! Um outro detalhe está no verso 39 quando fala sobre “servir como escravo”. A palavra “servir” em hebraico é abad e significa “trabalhar, servir”. Em sua raiz há o termo abodâ que significa “trabalho braçal, serviço”. Já o termo “escravo” vem da palavra ebed e significa “escravo, servo”. Em nossas relações com nossos irmãos não devemos nos aproveitar de sua situação para os “escravizarmos” tratando-os de forma indigna e desigual! O irmão não deve fazer o trabalho pesado dum escravo! O trabalho tem a finalidade de glorificar ao Criador e não de produzir um estado de tensão e dor no trabalhador! É-nos dito como exercer autoridade sobre nossos irmãos que trabalham conosco: “Não te assenhorearás dele com rigor, mas do teu Deus terás temor” (Lv 25:43). Aqui nos é dito para não nos assenhorearmos deles com rigor! A palavra “assenhorar-se” em hebraico é radah e significa “governar”. Já o termo “rigor” em hebraico é perek e significa “dureza, severidade”. Perceba o que isso quer dizer: o Eterno não permite que governemos nossos irmãos com dureza, sendo demasiadamente severos para com eles! Devemos exercer nossa autoridade sempre com equilíbrio e com um alto senso de justiça; tudo sempre embasado na Torah do Eterno! Isso deve ser assim porque devemos temer ao Senhor! A palavra “temer” em hebraico é yare´ e significa “temer, ter medo, reverenciar”. Também nas nossas relações sociais devemos reverenciar ao Eterno em nossas atitudes diárias! Isso demonstrará o quando somos equilibrados e o quanto conhecemos ao Senhor! A Torah continua nos instruindo sobre o trabalho e nos é dito que os povos que seriam conquistados pelos israelitas é que deveriam fornecer-lhes a mão de obra necessária para todo o trabalho pesado! Os israelitas seriam conquistadores e a terra – assim como também os povos – que eles conquistassem deveriam ser-lhes como uma herança! “E possuí-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para herdarem a possessão; perpetuamente os fareis servir; mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não vos assenhoreareis com rigor, uns sobre os outros” (Lv 25:46). A palavra “herança” em hebraico é yarash e significa “tomar posse de, desalojar, ocupar, apoderar-se de, ser herdeiro”. Esta palavra nos fala sobre uma herança física – material – que deveria ser literalmente conquistada pelos israelitas. Isso nos mostra que este tipo de herança vem através do trabalho diário e da nossa persistência em perseguirmos os alvos e sonhos que nos foram dados pelo Eterno! Fugindo da idolatria Finalmente temos aqui mais alguns preceitos: “Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o IHVH vosso Elohoim. Guardareis os meus sábados, e reverenciareis o meu santuário. Eu sou o IHVH” (Lv 26:1-2). Aqui temos a real dimensão da idolatria! A palavra “ídolos” em hebraico é elil e significa “algo sem valor, particularmente enquanto objeto de adoração; deuses, ídolos”. Vem de uma raiz que significa “ser fraco, deficiente”. Ora, o que são os ídolos? Segundo a Torah eles não são nada! Ninguém pode se igualar ao Eterno e nada poderá sequer aproximar-se do Criador! É justamente por isso que esta palavra tão bem define os ídolos como algo sem valor; eles são fracos e deficientes por não poderem fazer absolutamente nada pelos homens! E o que são os ídolos? É tudo aquilo que é colocado no lugar do Eterno em nossas vidas! Há uma ordem explícita para não nos inclinarmos diante deles! A palavra “inclinar-se” em hebraico é shahah com o mesmo significado, porém da raiz shah que significa “inclinado, baixo”. Quem se inclina diante de um ídolo fica cada vez mais baixo, sua situação piora a cada momento! Em contrapartida, somos ensinados que devemos guardar os sábados do Senhor! A palavra “guardar” em hebraico é shamar e significa “cuidar, guardar, observar, prestar atenção”. Mas, perguntaríamos, qual a relação entre a guarda do sábado e a idolatria? A obediência aos preceitos do Eterno nos protege da idolatria em todos os sentidos! Enquanto obedecermos àquilo que o Eterno nos ordenou estaremos protegidos e seguros em sua Palavra! A reverencia ao santuário é acrescentada aqui também como uma condição para fugir-se da idolatria, pois esta atitude nos fala tanto da reverência do lugar físico quanto também da habitação espiritual do Eterno que somos nós! Quando fizermos isso então o Eterno se mostrará a nós como IHVH - eu me torno aquilo que vocês precisam que eu me torne – e então novamente estaremos seguros e recebendo aquilo que já foi determinado pelo Eterno para nossas vidas! Que o Eterno nos ajude a sermos obedientes e assim cumpridores de seus mandamentos!

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