Está dito assim: “Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; a bênção

Está dito assim: “Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do IHVH vosso Elohim, que hoje vos mando; porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do IHVH vosso Elohim, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes” (Dt 11:26-28). O Eterno propõe ao povo dois caminhos distintos: a benção e a maldição. A palavra “benção” vem do termo hebraico baraq que significa “dar poder a alguém para que seja próspero, bem sucedido e fecundo”. Já a palavra “maldição” vem do termo hebraico qelalâ que significa “a ausência de um estado abençoado e um rebaixamento a um estado inferior”. Dá ainda a idéia de ser afastado da escolha divina; sem importância, insignificante. Mas, o que conduz à um ou outro estado? Moshe nos informa que o cumprimento dos mandamentos do Eterno (IHVH Elohim) conduz ao estado de bênção; já o não cumprimento – desobediência – conduz ao estado de maldição. Mas, quais seriam estes estatutos e juízos? A Escritura nos relata assim: “Estes são os estatutos e os juízos que tereis cuidado em cumprir na terra que vos deu o IHVH Elohim de vossos pais, para a possuir todos os dias que viverdes sobre a terra. Totalmente destruireis todos os lugares, onde as nações que possuireis serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda a árvore frondosa; e derrubareis os seus altares, e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e destruireis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar” (Dt 12:1-3). A primeira providência que deveriam tomar seria a destruição dos lugares de culto dos pagãos. Isso incluía: destruir altares sobre as montanhas; destruir os “outeiros” – lugares altos; destruir altares sobre árvores frondosas; destruir as estátuas queimar os bosques destruir as imagens esculpidas. Isso faria com que os nomes dos deuses fossem “apagados” daquele lugar, que então se tornaria a habitação do povo de Israel. Com o Eterno um padrão diferente Já quanto ao trato com o Senhor, deveria ser diferente: ”Assim não fareis ao IHVH vosso Elohim; mas o lugar que o IHVH vosso Elohim escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o seu nome, buscareis, para sua habitação, e ali vireis. E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. E ali comereis perante o IHVH vosso Elohim, e vos alegrareis em tudo em que puserdes a vossa mão, vós e as vossas casas, no que abençoar o IHVH vosso Elohim” (Dt 12:4-7). No caso dos deuses pagãos não havia um padrão para que houvesse o culto; já no caso do Eterno as coisas não funcionam assim, pois o próprio Elohim estabeleceu um lugar onde o culto seria feito para que ali eles trouxessem os holocaustos, sacrifícios, dízimos, ofertas alçadas, votos, ofertas voluntárias. Agora a determinação de Moshe lhes diz que, quando entrassem na terra, não deveriam fazer conforme faziam até aquele momento, mas certamente haveria uma ordem estabelecida que deveria ser cumprida para que tudo em seu dia-a-dia fosse bom. Está escrito assim: “Não fareis conforme a tudo o que hoje fazemos aqui, cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos. Porque até agora não entrastes no descanso e na herança que vos dá o IHVH vosso Elohim. Mas passareis o Jordão, e habitareis na terra que vos fará herdar o IHVH vosso Elohim; e vos dará repouso de todos os vossos inimigos em redor, e morareis seguros. Então haverá um lugar que escolherá o IHVH vosso Elohim para ali fazer habitar o seu nome; ali trareis tudo o que vos ordeno; os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e toda a escolha dos vossos votos que fizerdes ao IHVH. E vos alegrareis perante o IHVH vosso Elohim, vós, e vossos filhos, e vossas filhas, e os vossos servos, e as vossas servas, e o levita que está dentro das vossas portas; pois convosco não tem parte nem herança” (Dt 12:8-12). Canaã, segundo nos informa Moshe, é o “lugar de descanso” para Israel, pois ali eles haveriam de ”repousar” de seus inimigos em redor e também “morariam seguros”. Neste clima de segurança e estabilidade eles haveriam de cultuar ao Eterno “no lugar escolhido por Ele” para que assim aconteça. Este lugar seria especial porque o Eterno faria “habitar seu Nome” nele; ali os israelitas trariam seus dízimos, ofertas e cumpririam as demais ordenanças do Eterno. Quando eles estivessem “cumprindo” os mandamentos do Eterno deveriam realizar tais atos com alegria! Novamente somos lembrados de que o culto ao Senhor deve possuir em si mesmo a alegria que nos fará esquecer o que para trás ficou e nos dará o prazer de estarmos diante Daquele que se “torna aquilo que precisamos que se torne para nós (IHVH)! Este deve ser, inclusive, o motivo pelo qual estamos adorando ao Eterno, pois Ele já haverá se tornado algo para nós – suprindo assim nossas necessidades – e então poderemos nos alegrar n´Ele! A importância do local de culto é tão importante que novamente o Eterno diz: “Guarda-te, que não ofereças os teus holocaustos em todo o lugar que vires; mas no lugar que o IHVH escolher numa das tuas tribos ali oferecerás os teus holocaustos, e ali farás tudo o que te ordeno. Porém, conforme a todo o desejo da tua alma, matarás e comerás carne, dentro das tuas portas, segundo a bênção do IHVH teu Elohim, que te dá em todas as tuas portas; o imundo e o limpo dela comerá, como do corço e do veado; tão-somente o sangue não comereis; sobre a terra o derramareis como água. Dentro das tuas portas não poderás comer o dízimo do teu grão, nem do teu mosto, nem do teu azeite, nem os primogênitos das tuas vacas, nem das tuas ovelhas; nem nenhum dos teus votos, que houveres prometido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem a oferta alçada da tua mão. Mas os comerás perante o Senhor teu Elohim, no lugar que escolher o IHVH teu Elohim, tu, e teu filho, e a tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o levita que está dentro das tuas portas; e perante o IHVH teu Elohim te alegrarás em tudo em que puseres a tua mão” (Dt 12:13-18). A palavra “guarda-te” vem do hebraico shamar e significa “cuidar, guardar, observar, prestar atenção”. Esta palavra tem a mesma raiz do termo shema que significa “ouvir, escutar, obedecer”. Isso significa que para “guardarmo-nos” de algo é necessário que ouçamos - presente – e obedeçamos – futuro – às palavras que ouvimos da parte do Senhor. Isso requer obediência constante, diária e inquestionável, pois diz respeito aquilo que o Eterno nos deu como um legado para que possamos receber suas bênçãos e “herdar” a terra que nos foi prometida! Trazendo holocaustos ao Eterno Os holocaustos – assim como as demais ofertas – deveriam ser oferecidos num determinado lugar que pertenceria à uma tribo – seu território. Quando examinamos a divisão da terra e a localização de Ierushalaim, notamos algo interessante: o Templo do Senhor está no território da tribo de Iehuda (Judá)! Isso é espetacular, pois a mesma tribo que daria ao mundo o Messias é também a “portadora” do direito de ter em seus termos o Templo do Senhor! Aqui temos novamente a determinação quanto ao sangue: “tão-somente o sangue não comereis; sobre a terra o derramareis como água”. A palavra “sangue” vem do termo hebraico dam que significa “sangue vermelho”. A proibição quanto à ingestão do sangue tem pelo menos dois aspectos: O sangue é vida e ao ser humano é vedado a ingestão da vida de outrem – neste caso um animal – em si mesmo, pois este sangue seria usado para a expiação do pecado deste mesmo ser humano; No sangue residem a saúde e a doença dos seres vivos; a ingestão de sangue “contaminado” com qualquer tipo de enfermidade faria do receptor alguém potencialmente propenso a adquirir tal enfermidade em seu corpo. Estes aspectos nos mostram o cuidado do Eterno com seu povo e também o desejo de não nos associarmos com os cultos pagãos – nos quais a ingestão de sangue faz parte de seus rituais – preservando-nos para si mesmo como o povo escolhido, santo e puro. Mais determinações são dadas a seguir: “Guarda-te, que não desampares ao levita todos os teus dias na terra. Quando o IHVH teu Elohim dilatar os teus termos, como te disse, e disseres: Comerei carne; porquanto a tua alma tem desejo de comer carne; conforme a todo o desejo da tua alma, comerás carne. Se estiver longe de ti o lugar que o IHVH teu Elohim escolher, para ali pôr o seu nome, então matarás das tuas vacas e das tuas ovelhas, que o IHVH te tiver dado, como te tenho ordenado; e comerás dentro das tuas portas, conforme a todo o desejo da tua alma. Porém, como se come o corço e o veado, assim comerás; o imundo e o limpo também comerão deles. Somente esforça-te para que não comas o sangue; pois o sangue é vida; pelo que não comerás a vida com a carne; não o comerás; na terra o derramarás como água. Não o comerás; para que bem te suceda a ti, e a teus filhos, depois de ti, quando fizeres o que for reto aos olhos do IHVH. Porém, as coisas santas que tiveres, e os teus votos tomarás, e virás ao lugar que o IHVH escolher. E oferecerás os teus holocaustos, a carne e o sangue sobre o altar do IHVH teu Elohim; e o sangue dos teus sacrifícios se derramará sobre o altar do IHVH teu Elohim; porém a carne comerás” (Dt 12:19-27). Novamente temos a repetição do padrão anterior: guarda-te! Desta vez devemos ter atenção para não “desampararmos” ao levita, pois o Eterno prometeu que “dilataria” os termos de Israel. Isso faria com que o povo estivesse numa situação muito melhor do que aquela que viviam até então. Neste momento eles então deveriam “lembrar-se” de suas obrigações no cuidado aos seus “líderes” espirituais e daqueles que trabalham na obra do Senhor! É interessante que o Eterno diz isso para Israel conhecendo já a sua postura e seu futuro, pois eles haveriam de “inchar-se” de tal forma que haveriam de deturpar totalmente aquilo que o Eterno dissera-lhes e chegaria um tempo em que o Senhor teria de levantar um homem para restaurar este aspecto dentro da nação, pois os judeus não dariam aquilo que lhes era devido e isso faria com que levitas e sacerdotes procurassem outros meios para sua subsistência. Mas, quais seriam os benefícios em obedecer-se ao Senhor? “Guarda e ouve todas estas palavras que te ordeno, para que bem te suceda a ti e a teus filhos depois de ti para sempre, quando fizeres o que for bom e reto aos olhos do IHVH teu Elohim. Quando o IHVH teu Elohim desarraigar de diante de ti as nações, aonde vais a possuí-las, e as possuíres e habitares na sua terra” (Dt 12:28-29). O Eterno ordena a Israel que guarde e ouça as palavras que lhes foram ditas. Isso pode parecer que é uma “imposição”, pois temos ali a palavra “ordeno”, mas não é. O termo “palavras” vem do hebraico dabar e significa “falar, declarar, conversar”. Estava havendo um diálogo entre o Eterno e seus filhos; este diálogo promoveria entendimento, daria-lhes orientação e certamente apontaria o caminho correto para que pudessem viver bem. O Eterno diz ainda que desraigaria os goim, palavra hebraica que significa “nações gentílicas”, de diante de Israel a fim de que eles habitassem naquela terra! Em face disso o Eterno ainda adverte: “Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas diante de ti; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao IHVH teu Elohim; porque tudo o que é abominável ao IHVH, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos seus deuses. Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás” (Dt 12:30-32). A orientação final é para que Israel não pratique aquilo que as outras nações tinham como “normal”, pois eram idólatras e suas práticas eram abomináveis diante do Eterno. Entre tais práticas está inclusive o oferecimento de crianças aos deuses, quando estas eram queimadas vivas como uma oferta de gratidão ao tal deus pagão! Quanto a isso o Eterno diz odiar tal coisa e Israel não deveria aprender tais procedimentos malignos. Os falsos profetas As orientações agora dizem respeito aos profetas e operadores de milagres. “Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o IHVH vosso Elohim vos prova, para saber se amais o IHVH vosso Elohim com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma. Após o IHVH vosso Elohim andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis. E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o IHVH vosso Elohim, que vos tirou da terra do Egito, e vos resgatou da casa da servidão, para te apartar do caminho que te ordenou o IHVH teu Elohim, para andares nele: assim tirarás o mal do meio de ti” (Dt 13:1-5). A palavra “profeta” em hebraico é nabî e significa “porta-voz, orador, profeta”. Este termo designativo desta pessoa demonstra que ele tem, pelo menos, duas características básicas: ele diz ser o porta-voz do Eterno e recebe “revelações” através de sonhos. Porém, apesar destas características, algo mais deve ser observado: a sua palavra! Se ele, de alguma forma, quiser desviar o povo de Elohim de seus alvos que foram estabelecidos pelo próprio Criador, este homem deverá “morrer”. Isso significa que haveria uma possibilidade de haverem falsos profetas entre o povo de Elohim! Vejamos aqui que os “sinais e prodígios” poderiam também ser operados por pessoas que não foram enviadas pelo Eterno, e com isso tentariam tirar o povo da presença de Elohim! Naturalmente o povo procura por sinais, mas devemos ter cuidado em analisar não somente os sinais, mas muito mais a palavra que está sendo dita por aquela pessoa, pois a palavra vem carregada de “unção”, ou com a finalidade de edificar ou de destruir! Este tipo de pessoas deve ser tirado imediatamente do meio do povo, pois suas ações trazem contaminação ao povo e levam-no para longe daquilo que o próprio Elohim instruiu seu povo a fazer em sua Palavra! É justamente por isso que Sha´ul nos aconselha que examinemos a profecia e a julguemos, pois certamente em algum momento de “falta de vigilância” aquele profeta poderá errar e isso poderá prejudicar aqueles que receberam tal palavra! Não somente os falsos profetas deveriam ser retirados do meio do povo, mas também todo aquele que “incitar” o irmão a deixar o Senhor. “Quando te incitar teu irmão, filho da tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu seio, ou teu amigo, que te é como a tua alma, dizendo-te em segredo: Vamos, e sirvamos a outros deuses que não conheceste, nem tu nem teus pais; dentre os deuses dos povos que estão em redor de vós, perto ou longe de ti, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade; não consentirás com ele, nem o ouvirás; nem o teu olho o poupará, nem terás piedade dele, nem o esconderás; mas certamente o matarás; a tua mão será a primeira contra ele, para o matar; e depois a mão de todo o povo. E o apedrejarás, até que morra, pois te procurou apartar do IHVH teu Elohim, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão; para que todo o Israel o ouça e o tema, e não torne a fazer semelhante maldade no meio de ti” (Dt 13:6-11). A palavra “incitar” vem do termo hebraico sût que significa “seduzir, fascinar, instigar, incitar”. Este termo nos mostra que outra pessoa aproxima-se e com “doces palavras” traz sobre seu ouvinte palavras enganadoras que fazem com que aquela pessoa deixe ao Senhor Elohim! Esta pessoa invariavelmente está muito próxima de seu interlocutor e por isso, na maioria das vezes, alcança seu intento. Sobre essa pessoa o Eterno diz: “não consentirás com ele, nem o ouvirás; nem o teu olho o poupará, nem terás piedade dele, nem o esconderás; mas certamente o matarás; a tua mão será a primeira contra ele, para o matar; e depois a mão de todo o povo. E o apedrejarás, até que morra”. Mas, poderíamos perguntar, porque agir de forma tão drástica com essa pessoa? Ela não mereceria misericórdia? Não poderíamos tentar “recuperar” este nosso irmão? O problema todo reside na propagação do mal, que passa de uma para outra pessoa e acaba contaminando todo o povo! Esta pessoa teve a intenção de “tirar” alguém do caminho do Senhor e conduzi-la para um outro caminho. Você sabe quem fez isso com os anjos e tem agido assim diariamente enganando a muito? Há Satan (O adversário). O Seu destino é conhecido e todo aquele que age da mesma forma identifica-se como seu enviado! Não nos esqueçamos que estamos falando sobre essa atitude no meio do povo de Elohim! Este “indivíduo” é conhecido como “joio” na Brit Hadasha. Somente um detalhe: este é o joio manifesto, declarado. Não há como errar no juízo contra tal pessoa! No caso deste mal já haver se propagado, o procedimento deverá ser assim: “Quando ouvires dizer, de alguma das tuas cidades que o IHVH teu Elohim te dá para ali habitar: Uns homens, filhos de Belial, que saíram do meio de ti, incitaram os moradores da sua cidade, dizendo: Vamos, e sirvamos a outros deuses que não conhecestes; então inquirirás e investigarás, e com diligência perguntarás; e eis que, sendo verdade, e certo que se fez tal abominação no meio de ti; certamente ferirás, ao fio da espada, os moradores daquela cidade, destruindo a ela e a tudo o que nela houver, até os animais. E ajuntarás todo o seu despojo no meio da sua praça; e a cidade e todo o seu despojo queimarás totalmente para o IHVH teu Elohim, e será montão perpétuo, nunca mais se edificará. Também não se pegará à tua mão nada do anátema, para que o IHVH se aparte do ardor da sua ira, e te faça misericórdia, e tenha piedade de ti, e te multiplique, como jurou a teus pais; quando ouvires a voz do IHVH teu Elohim, para guardares todos os seus mandamentos que hoje te ordeno; para fazeres o que for reto aos olhos do IHVH teu Elohim” (Dt 13:12-18). Temos aqui algo muito interessante, pois existem pessoas que abertamente são identificadas como ben belîya´al (filho de belial). A palavra belîya´al significa “inutilidade”, pois vem da raiz balâ significando “tornar-se velho, desgastado”. Tais pessoas tentam induzir outros a deixarem ao Eterno – Criador do Universo – para servirem a Belial (inutilidade, um deus velho, desgastado)! Somente quem deseja ser enganado deixaria o Eterno e sua Palavra para unir-se a quem serve tais deuses! Moshe nos aconselha a fazermos uma investigação e então procedermos assim: “e eis que, sendo verdade, e certo que se fez tal abominação no meio de ti; certamente ferirás, ao fio da espada, os moradores daquela cidade, destruindo a ela e a tudo o que nela houver, até os animais. E ajuntarás todo o seu despojo no meio da sua praça; e a cidade e todo o seu despojo queimarás totalmente para o IHVH teu Elohim, e será montão perpétuo, nunca mais se edificará. Também não se pegará à tua mão nada do anátema, para que o IHVH se aparte do ardor da sua ira, e te faça misericórdia, e tenha piedade de ti, e te multiplique, como jurou a teus pais”. O juízo deverá atingir: pessoas que assim procedem seus bens – casas, animais, demais propriedades. O despojo não deverá ser tomado por ninguém, pois a idolatria “contaminou” aqueles homens e também seus pertences, que certamente foram “consagrados” aos deuses a quem serviram! Esta seção termina novamente com o conselho para que guardemos a todos os mandamentos do Eterno a fim de que tenhamos uma vida pura, sadia e plena diante d´Ele! O que não fazer para identificar-me com o "mundo" Agora temos mais algumas orientações para o viver diário. Esta seção tem início com as seguintes palavras: “Filhos sois do IHVH vosso Elohim; não vos dareis golpes, nem fareis calva entre vossos olhos por causa de algum morto. Porque és povo santo ao IHVH teu Elohim; e o IHVH te escolheu, de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe seres o seu próprio povo. Nenhuma coisa abominável comereis” (Dt 14:1-3). O verso 1 nos diz: “Vós sois ben IHVH!” Isso significa que o Eterno nos olha como aqueles que foram gerados – por isso filhos – daquele que se torna aquilo que precisamos que Ele se torne para nós! O próprio Elohim nos chama assim! Eles – como filhos – não poderiam “agredir” seus corpos com quaisquer finalidades cultuais. Agora o Eterno repete aquilo que Ele considera como “comida” a fim de que seu povo se alimente. “Estes são os animais que comereis: o boi, a ovelha, e a cabra. O veado e a corça, e o búfalo, e a cabra montês, e o texugo, e a camurça, e o gamo. Todo o animal que tem unhas fendidas, divididas em duas, que rumina, entre os animais, aquilo comereis” (Dt 14:4-6). Tais carnes poderiam ser consumidas de acordo com as demais especificações da Torah. Porém haveriam carnes que não seriam consideradas próprias para o consumo humano. Estas são: “Porém estes não comereis, dos que somente ruminam, ou que têm a unha fendida: o camelo, e a lebre, e o coelho, porque ruminam mas não têm a unha fendida; imundos vos serão. Nem o porco, porque tem unha fendida, mas não rumina; imundo vos será; não comereis da carne destes, e não tocareis nos seus cadáveres” (Dt 14:7-8). Quanto aos peixes, a instrução seria: “Isto comereis de tudo o que há nas águas; tudo o que tem barbatanas e escamas comereis. Mas tudo o que não tiver barbatanas nem escamas não o comereis; imundo vos será” (Dt 14:9-10). No que diz respeito às aves, está escrito assim: “Toda a ave limpa comereis. Porém estas são as que não comereis: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango, e o abutre, e o falcão, e o milhafre, segundo a sua espécie. E todo o corvo, segundo a sua espécie. E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião, segundo a sua espécie. E o bufo, e a coruja, e a gralha, e o cisne, e o pelicano, e o corvo marinho, e a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego. Também todo o inseto que voa, vos será imundo; não se comerá. Toda a ave limpa comereis” (Dt 14:11-20). Ainda falando sobre comida... “Não comereis nenhum animal morto; ao estrangeiro, que está dentro das tuas portas, o darás a comer, ou o venderás ao estranho, porquanto és povo santo ao IHVH teu Elohim. Não cozerás o cabrito com leite da sua mãe” (Dt 14:21). Vejamos que a santidade ao IHVH Elohim está associada ao que ele come – ou não. Agora falaremos sobre dízimos: “Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo. E, perante o IHVH teu Elohim, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao IHVH teu Elohim todos os dias. E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o IHVH teu Elohim para ali pôr o seu nome, quando o IHVH teu Elohim te tiver abençoado; então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o IHVH teu Elohim; e aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o IHVH teu Elohim, e alegra-te, tu e a tua casa; porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo” (Dt 14:22-27). O dízimo do terceiro ano será levado para Ierushalaim. “Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o IHVH teu Elohim te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem” (Dt 14:28-29). Quando este dízimos é lavado e entregue conforme está dito na Torah, então IHVH Elohim abençoa a toda a obra de nossas mãos! É interessante que o Eterno, quando o obedecemos, fará com que sejamos prósperos, bem sucedidos e fecundos em tudo aquilo que fizermos! Neste caso esta “unção” está ligada ao ato de obediência ligado aos dízimos. Este ato de obediência beneficiaria preferencialmente aos ministros que servem ao Senhor, que, segundo o texto, não deveriam ser esquecidos também neste aspecto. Após os três anos, temos o ano da remissão. “Ao fim dos sete anos farás remissão. Este, pois, é o modo da remissão: todo o credor remitirá o que emprestou ao seu próximo; não o exigirá do seu próximo ou do seu irmão, pois a remissão do IHVH é apregoada. Do estrangeiro o exigirás; mas o que tiveres em poder de teu irmão a tua mão o remitirá. Exceto quando não houver entre ti pobre algum; pois o IHVH abundantemente te abençoará na terra que o IHVH teu Elohim te dará por herança, para possuí-la” (Dt 15:1-4). Mas, o que é a remissão? Esta palavra vem do termo hebraico shemittâ e significa “redução ou cancelamento de dívidas”, pois em sua raiz temos o termo shamat que significa “largar, deixar cair, soltar, deixar em pousio”. O ano da remissão era o ano em que pessoas davam descanso à terra mas também liberavam seus devedores de parte ou da totalidade da dívida que tinham para com eles. Isso valeria, neste caso, somente para os israelitas; quanto ao estrangeiro ele estaria obrigado a pagar totalmente a sua dívida. Isso faria com que o número de pobres em Israel fosse cada vez menor e a remissão aconteceria até que não houvessem pobres em Israel! Novamente, enquanto eles obedecessem haveria uma “benção abundante” que os perseguiria na terá que haviam recebido por herança do Senhor Elohim. Obediência contínua resulta em bênçãos sem medida O Eterno completa isso dizendo ainda: “Se somente ouvires diligentemente a voz do IHVH teu Elohim para cuidares em cumprir todos estes mandamentos que hoje te ordeno; porque o IHVH teu Elohim te abençoará, como te tem falado; assim, emprestarás a muitas nações, mas não tomarás empréstimos; e dominarás sobre muitas nações, mas elas não dominarão sobre ti. Quando entre ti houver algum pobre, de teus irmãos, em alguma das tuas portas, na terra que o IHVH teu Elohim te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre; antes lhe abrirás de todo a tua mão, e livremente lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. Guarda-te, que não haja palavra perversa no teu coração, dizendo: Vai-se aproximando o sétimo ano, o ano da remissão; e que o teu olho seja maligno para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada; e que ele clame contra ti ao IHVH, e que haja em ti pecado. Livremente lhe darás, e que o teu coração não seja maligno, quando lhe deres; pois por esta causa te abençoará o IHVH teu Elohim em toda a tua obra, e em tudo o que puseres a tua mão. Pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra” (Dt 15:5-11). Temos então a conclusão desta palavra dizendo que caso haja a obediência Israel – os judeus – teriam muito sucesso e emprestariam a muitas nações – mas não tomariam emprestado; eles também dominariam sobre muitas nações – mas não seriam dominados – isso quando eles se preocupassem com a justiça social, não permitindo assim que houvessem grandes lacunas sociais na terra de Israel. Isso lhes daria uma sociedade mais justa, com menos problemas e também amparada na Torah. Isso significa que tal sociedade funcionaria de tal forma – nos moldes do Eterno – que tudo o que esta comunidade fizer terá sucesso! A justiça social deve ser feita em todo o tempo – ainda que esteja próximo o ano da remissão e quem empresta perceba que o seu irmão não conseguirá quitar aquela dívida com ele à tempo. Há também orientações quanto à escravatura: “Quando teu irmão hebreu ou irmã hebréia se vender a ti, seis anos te servirá, mas no sétimo ano o deixarás ir livre. E, quando o deixares ir livre, não o despedirás vazio. Liberalmente o fornecerás do teu rebanho, e da tua eira, e do teu lagar; daquilo com que o IHVH teu Elohim te tiver abençoado lhe darás. E lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito, e de que o IHVH teu Elohim te resgatou; portanto hoje te ordeno isso. Porém se ele te disser: Não sairei de ti; porquanto te amo a ti, e a tua casa, por estar bem contigo; então tomarás uma sovela, e lhe furarás a orelha à porta, e teu servo será para sempre; e também assim farás à tua serva. Não seja duro aos teus olhos, quando despedi-lo liberto de ti; pois seis anos te serviu em equivalência ao dobro do salário do diarista; assim o IHVH teu Elohim te abençoará em tudo o que fizeres” (Dt 15:12-18). Quando acontecesse um caso em que um irmão hebreu se vendesse à outro em virtude de altas dívidas que não poderiam ser pagas, então o devedor ficaria como escravo de seu credor. Mas a escravidão duraria até o sétimo ano, quando ele seria solto. Nesta época somos instruídos a libertá-lo, mas não com suas mãos vazias. Ele deve receber algo para que possa reiniciar sua vida e recuperar-se financeiramente. Isso equivaleria para nós com as obrigações trabalhistas – FGTS, férias, 13° salário, etc... – o que ajudaria esta pessoa a reiniciar sua vida de forma mais “tranqüila”. Enquanto estivermos agindo desta forma receberemos as bênçãos do Eterno; quando nos julgarmos suficientemente bons para andarmos segundo nossos próprios princípios, então seremos disciplinados pelo Senhor e por sua Palavra e não mais participaremos de sua bênção até que retornemos ao cumprimento de sua Palavra. O ensino sobre os primogênitos é o seguinte: “Todo o primogênito que nascer das tuas vacas e das tuas ovelhas, o macho santificarás ao IHVH teu Elohim; com o primogênito do teu boi não trabalharás, nem tosquiarás o primogênito das tuas ovelhas. Perante o IHVH teu Elohim os comerás de ano em ano, no lugar que o IHVH escolher, tu e a tua casa. Porém, havendo nele algum defeito, se for coxo, ou cego, ou tiver qualquer defeito, não o sacrificarás ao IHVH teu Elohim. Nas tuas portas o comerás; o imundo e o limpo o comerão também, como da corça ou do veado. Somente o seu sangue não comerás; sobre a terra o derramarás como água” (Dt 15:19-23). Todo o primogênito não deveria ser dado à ninguém, mas ao Senhor, pois quando lemos a Brit Hadashá percebemos que o primogênito de Elohim foi dado por Ele mesmo para que através dele fosse feita a remissão de pecado da humanidade. É dito sobre Ieshua que Ele tornou-se o “primogênito dos que dormem”, em virtude de sua ressurreição. A Torah já apontava para Ieshua também neste aspecto, e é por isso que todo o primogênito em cada família judaica é “resgatado” através e uma oferta que é dada para a sinagoga, pois assim como o Eterno não poupou os primogênitos dos egípcios matando-os todos, Ele de outra forma poupou os primogênitos dos judeus por causa do sangue do cordeiro – certamente um primogênito – que fora derramado pelos inocentes. Agora temos um resumo das festas do Senhor. As grandes festas de peregrinação começam sempre com Pesach. “Guarda o mês de Abibe, e celebra a páscoa ao IHVH teu Elohim; porque no mês de Abibe o IHVH teu Elohim te tirou do Egito, de noite. Então sacrificarás a páscoa ao IHVH teu Elohim, das ovelhas e das vacas, no lugar que o IHVH escolher para ali fazer habitar o seu nome. Nela não comerás levedado; sete dias nela comerás pães ázimos, pão de aflição (porquanto apressadamente saíste da terra do Egito), para que te lembres do dia da tua saída da terra do Egito, todos os dias da tua vida. Levedado não aparecerá contigo por sete dias em todos os teus termos; também da carne que matares à tarde, no primeiro dia, nada ficará até à manhã. Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas portas que te dá o IHVH teu Elohim; senão no lugar que escolher o IHVH teu Elohim, para fazer habitar o seu nome, ali sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo determinado da tua saída do Egito. Então a cozerás, e comerás no lugar que escolher o IHVH teu Elohim; depois voltarás pela manhã, e irás às tuas tendas. Seis dias comerás pães ázimos e no sétimo dia é solenidade ao IHVH teu Elohim; nenhum trabalho farás” (Dt 16:1-8). As características de Pesach: o sacrifício de Pesach – cordeiro – não comer nesta semana qualquer levedado – fermento – é uma lembrança da saída do povo de Israel do Egito. Após esta festa temos a “Festa das Semanas” (Shavuot). “Sete semanas contarás; desde que a foice começar na seara iniciarás a contar as sete semanas. Depois celebrarás a festa das semanas ao IHVH teu Elohim; o que deres será oferta voluntária da tua mão, segundo o IHVH teu Elohim te houver abençoado. E te alegrarás perante o IHVH teu Elohim, tu, e teu filho, e tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o levita que está dentro das tuas portas, e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão no meio de ti, no lugar que o IHVH teu Elohim escolher para ali fazer habitar o seu nome. E lembrar-te-ás de que foste servo no Egito; e guardarás estes estatutos, e os cumprirás” (Dt 16:9-12). As características desta festa são: ocorre 50 dias após Pesach – sete semanas após é o início da colheita é uma festa de muita alegria Finalmente temos a festa dos tabernáculos (Sucot), que acontece assim: “A festa dos tabernáculos celebrarás sete dias, quando tiveres colhido da tua eira e do teu lagar. E, na tua festa, alegrar-te-ás, tu, e teu filho, e tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o levita, e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas. Sete dias celebrarás a festa ao IHVH teu Elohim, no lugar que o IHVH escolher; porque o IHVH teu Elohim te há de abençoar em toda a tua colheita, e em todo o trabalho das tuas mãos; por isso certamente te alegrarás. Três vezes no ano todo o homem entre ti aparecerá perante o IHVH teu Elohim, no lugar que escolher, na festa dos pães ázimos, e na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos; porém não aparecerá vazio perante o IHVH; cada um, conforme ao dom da sua mão, conforme a bênção do IHVH teu Elohim, que lhe tiver dado” (Dt 16:13-17). Esta festa tem também suas características que são: final da colheita confecção da suca – cabana é a principal festa do ano Assim o Eterno nos tem dado através de sua Palavra condições para que possamos obedecer-lhe sem qualquer restrição. Só nos resta agora um caminho: a obediência. Que o Eterno nos ajude a sermos fiéis a Ele como Ele tem sido a nós!

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